terça-feira, 7 de junho de 2011

Felizmente Houve a L.U.A.R.

      Amanhã, dia 8 de junho, será apresentado o livro intitulado “Felizmente Houve a LUAR – Para a História da Luta Armada Contra a Ditadura”.

      Esta obra é de José Hipólito dos Santos e será apresentada por João Carvalho (ativista do movimento cívico e social do Porto), pelas 17:00 horas, no auditório da Feira do Livro do Porto (Portugal), na Avenida dos Aliados daquela cidade.
      José Hipólito dos Santos nasceu no Porto em 1932. Sócio-economista, ex-dirigente cooperativista, antigo colaborador da Seara Nova e dos Cadernos de Circunstância, foi membro do MUD-Juvenil, participante na Revolta da Sé e no Golpe de Beja, ex-preso político e antigo exilado em Argel, ex-dirigente do MAR, LUAR e PRP. Foi membro do Comité de Acção da EPHE (Sorbonne) em Maio 68. Quadro superior da CUF, presidente do Ateneu Cooperativo e da Associação dos Inquilinos Lisbonenses. Professor universitário em Paris-XIII, no ISE e no ISPA. Perito das N. U., fundador da SEIES, membro da “Alliance Pour Un Monde Responsable, Pluriel et Solidaire” e “DRD-Démocratiser Radicalement la Démocratie”. Participante na Assembleia Mundial de Cidadãos (2001).












      A LUAR significa: L.U.A.R. – Liga de Unidade e Ação Revolucionária.
      Este movimento político português foi fundado em Paris, em 19 de junho de 1967 (durante a ditadura portuguesa), depois do assalto ao Banco de Portugal na Figueira da Foz. Uma brigada oposicionista, em 17 de maio de 1967, liderada por Palma Inácio, assalta a agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz, desviando a elevada soma de vinte e nove milhões de escudos, depois tomam um pequeno avião num pequeno campo de aviação e conseguem escapar.
      Palma Inácio (1922-2009) foi um célebre revolucionário português contra o Estado Fascista e ficou também conhecido por ter realizado diversas ações contra a ditadura, algumas mais espetaculares, como a que, anos antes, protagonizou o primeiro desvio de um voo comercial de que há registo. Foi a chamada “Operação Vagô”, em que um avião da transportadora aérea portuguesa TAP sobrevoa as cidades de Lisboa, Barreiro, Setúbal, Beja e Faro, a baixa altitude, para lançar cerca de 100 mil panfletos com apelos à revolta popular contra a ditadura. Os caças da Força Aérea não conseguem intercetar o avião, que regressa incólume a Casablanca.


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